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É importante e possível ser feliz no trabalho

A felicidade é tão importante, que desde 2012, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou o 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade.

A felicidade é tão importante, que desde 2012, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou o 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade. Assunto que também tem ganhado cada vez mais destaque no ambiente corporativo, uma vez que as empresas mais estratégicas investem continuamente em coaches de felicidade, atividades de team building ou dinâmicas de grupo. Em corporações como o Google e o Facebook, por exemplo, já é possível encontrar os CHOs (Chief Happiness Officers), que são os diretores de departamento de felicidade. O objetivo é, principalmente, a melhora da produtividade por meio da satisfação, do contentamento, do bem-estar.

É preciso salientar que, por mais tecnologia que uma empresa tenha, são as pessoas que entregarão os resultados. Logo, esse principal ativo da organização – seus talentos – precisam ser não apenas atraídos, mas também motivados continuamente. Se o profissional não está feliz onde trabalha, no mínimo, seu dia será aterrorizante. Afinal de contas, estar em um ambiente por, pelo menos, oito horas diárias, onde você não tem o mínimo de prazer, é um tanto quanto complexo.

Segundo Tal Ben-Sharar, conhecido guru da felicidade e que dá as aulas mais concorridas da Universidade Havard, “equipes com emoções positivas e bem-estar psicológico garantem os resultados até seis vezes mais”. Já para o Instituto Gallup, colaboradores engajados e com alto nível de bem-estar, ao longo de um ano, perdem 70% menos dias trabalhados e são mais propensos a não faltar por problema de saúde. Ainda são 45% mais predispostos a exibir um alto nível de adaptação a mudanças, algo fundamental e cada vez mais requerido pelas empresas.

Além disso, é importante destacar que profissionais infelizes podem trazer resultados danosos às organizações e, inclusive, engrossar as estatísticas dos já 33 milhões de brasileiros em burnout, ou seja, que estão em exaustão profissional, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma síndrome crônica. Se você está com dificuldade para se concentrar, lembrar das coisas, anda sempre irritado, ansioso, desmotivado, com intensas dores de cabeça, insegurança, pressão alta e deprimido, deve ficar alerta, pois pode estar a um passo dessa situação.

Sendo assim, as empresas precisam estar atentas e proporcionar ambientes saudáveis, dar metas factíveis e exercer lideranças conscientes quanto aos níveis de cobrança, minimizando a fadiga dos colaboradores. É preciso tentar, também, dentro do possível, oferecer o mínimo de qualidade de vida e com equilíbrio, pois, cada vez mais, as pessoas buscam empresas que se conectem com seus propósitos e valores.

Do lado do profissional, o protagonismo de cada pessoa é um dos pontos mais relevantes para alcançar a felicidade no trabalho. A felicidade, como todas as emoções, é um estado não permanente, sendo impossível ser feliz o tempo todo. Então é preciso buscar qual é o seu propósito. Dessa forma, você poderá contribuir mais com os outros, conectando seus valores pessoais e aumentando a sensação de bem-estar na corporação de maneira mais duradoura.

Portanto, é fundamental entender se seu ambiente de trabalho proporciona crescimento e se, ao mesmo tempo, você cria seus novos caminhos. Para isso, é preciso ter um profundo autoconhecimento, adquirido em terapia ou em processos de coaching qualificado. Somente nos conhecendo, entendemos, de fato, o que nos motiva, o que fere nossos valores e o que pode impactar em nossos planos futuros. Se você não gerenciar a sua carreira, a empresa o fará por você e pode tomar decisões que não estarão alinhadas ao seu plano de vida profissional e pessoal.

Um colaborador feliz está menos propenso a deixar seu emprego, tende a satisfazer melhor o cliente, é mais confiável e usualmente é mais criativo. Logo, busque este caminho. Seja propositivo e um agente de transformação. Sobretudo, assuma o controle de sua vida. Preocupe-se com qual legado você deixará, seja na empresa, na sua família ou no mundo em que vive, sempre com equilíbrio entre o trabalho, a vida pessoal, espiritual e social.