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Como equilibrar movimentos de empresas que abrem e fecham no Brasil

05 DE OUTUBRO – DIA NACIONAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA

Presidente da FENACON ressalta a importância ter um profissional contábil prestando consultoria adequada, principalmente aos novos negócios abertos por pessoas sem conhecimento do mercado

A pandemia de covid-19 promoveu um cenário de avanço do empreendedorismo no Brasil, mas ao mesmo tempo em que muitas empresas foram abertas, sobretudo os MEIs, o número de mortalidade também cresceu. Segundo dados de setembro do governo federal, foram abertas 368.175 empresas no país. Na contramão, a mortalidade dos novos negócios também avança. No mesmo período, foram fechadas 161.064 empresas.

Na avaliação do presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (FENACON), Daniel Coêlho, muitos negócios, especialmente na pandemia, foram abertos por pessoas que, eventualmente, perderam seus empregos e ainda não possuíam conhecimento dos mercados que escolheram.

“É preciso sempre ter um profissional contábil prestando consultoria adequada para a tomada de decisões de forma assertiva no empreendedorismo. São informações geralmente fundamentais para que o empreendedor tome decisões dos produtos, de onde deve investir, como investir, entre outros. Outro fator relevante é que com a pandemia o empreendedorismo se descentralizou, podendo ser feito de forma online, ou em qualquer outro lugar. Ter essa visão, entender como funciona o mercado que vai investir, e verificar onde está, é fundamental. O mundo digital também facilitou a descentralização do ponto fixo, e isso ajuda muito o empreendedor a crescer e a não fechar negócios”, destaca.

REFORMA FISCAL

Para além dessa questão, o especialista defende a necessidade de uma reforma fiscal, pois muitas empresas sofreram um impacto negativo nas suas receitas, vendas ou prestação de serviços. “Penso que poderia ser um momento no qual a Receita Federal ou o próprio governo federal pudesse criar algum tipo de incentivo fiscal para as empresas que tiveram seus impostos atrasados. O governo tomou algumas medidas, como o juros zero em alguns municípios e estados, mas acho que seria muito importante a melhoria da questão tributária, com a criação de um parcelamento especial. Isso tudo poderia contribuir de forma positiva”, conclui Coêlho.

Publicado por Fernando Olivan - Comunicação Fenacon